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República Federal da Alemanha (Bundesrepublik Deutschland), também conhecida como Alemanha Ocidental, foi um país da Europa Ocidental, no período entre sua formação em 23 de maio de 1949 e a reunificação alemã em 3 de outubro de 1990. Durante esse período da Guerra Fria, a parte ocidental da Alemanha fez parte do Bloco Ocidental. A República Federal foi criada durante a ocupação aliada da Alemanha após a Segunda Guerra Mundial, estabelecida a partir de onze estados formados nas três zonas aliadas de ocupação mantidas pelos Estados Unidos, pelo Reino Unido e pela França. Sua capital (provisória) era a cidade de Bonn ou Bona. A Alemanha Ocidental também é retrospectivamente designada como República de Bonn ou República de Bona.
No início da Guerra Fria, a Europa estava dividida entre os blocos ocidental e oriental. A Alemanha foi de fato dividida em dois países e dois territórios especiais, o Sarre e uma Berlim dividida. Inicialmente, a República Federal da Alemanha reivindicou soberania exclusiva para toda a Alemanha, considerando-se a única continuação democraticamente reorganizada do Reich Alemão de 1871 a 1945. O país considerava que a República Democrática Alemã (RDA) era um Estado fantoche da União Soviética que foi constituído ilegalmente.
Três estados do sudoeste da Alemanha Ocidental fundiram-se para formar Baden-Württemberg em 1952 e o Sarre juntou-se à República Federal da Alemanha em 1957. Além dos dez estados resultantes, Berlim Ocidental foi considerada de fato o décimo primeiro estado. Embora legalmente não fizesse parte da República Federal da Alemanha, visto que Berlim estava sob o controle do Conselho de Controle Aliado. Berlim Ocidental se alinhou politicamente com a Alemanha Ocidental e esteve direta ou indiretamente representada em suas instituições federais.
A base para a posição influente mantida pela Alemanha hoje foi lançada durante o Wirtschaftswunder (milagre econômico) da década de 1950, quando a Alemanha Ocidental se levantou da enorme destruição causada pela Segunda Guerra Mundial para se tornar a terceira maior economia do mundo. O primeiro chanceler Konrad Adenauer, que permaneceu no cargo até 1963, havia trabalhado para um completo alinhamento com a OTAN e pela não neutralidade. Ele não apenas garantiu a adesão à OTAN, como também foi um defensor dos acordos que se desenvolveram na atual União Europeia. Quando o G6 foi estabelecido em 1975, não havia dúvida se a Alemanha Ocidental se tornaria membro.
Após o colapso do comunismo na Europa Central e Oriental em 1989, simbolizado pela queda do Muro de Berlim, houve um rápido movimento em direção à reunificação alemã. A Alemanha Oriental votou para se dissolver e aderir à República Federal em 1990. Seus cinco estados do pós-guerra (Länder) foram reconstituídos junto com a Berlim reunificada, que encerrou seu estatuto especial e formou um território adicional. Eles ingressaram formalmente na República Federal em 3 de outubro de 1990, aumentando o número de estados de dez para dezesseis e encerrando a divisão da Alemanha. A reunificação não resultou em um novo país; em vez disso, o processo foi essencialmente um ato voluntário de adesão, pelo qual a Alemanha Ocidental foi ampliada para incluir os estados adicionais da Alemanha Oriental, que haviam deixado de existir. A República Federal expandida manteve a cultura política da Alemanha Ocidental e continuou sua participação em organizações internacionais, bem como seu alinhamento e afiliação à política externa ocidental a alianças ocidentais como ONU, OTAN, OCDE e União Europeia.